Às vezes nos deparamos com pessoas nos perguntando: “Você viria nossa igreja conosco?” É difícil recusar esse convite, sabendo
que eles têm boas intenções e, principalmente, quando não entendem a firmeza da
nossa convicção. Quando respondemos: “Não, não cremos que seria a vontade do Senhor”,
eles geralmente se ofendem. Às vezes somos acusados de fanatismo e exclusivismo.
Eles dizem: “Como é que você não se importa
de nós virmos às suas reuniões, mas quando pedimos que você venha às nossas, você
se recusa? Vocês pensam que são os únicos certos! Vocês não amam os outros membros
do corpo de Cristo!”
De nossa parte, cremos que não poderia ser a vontade de Deus abandonar o
terreno da Escritura em favor de uma ordem artificial não-bíblica. Portanto, não
é a falta de amor pelas almas nessas denominações que nos impede de ir com elas
para seus cultos, mas o temor do pecado.
Perguntamos se essas pessoas já consideraram o que o fanatismo realmente
significa. O Sr. Kelly disse que é “o apego irracional, sem sólida garantia divina,
à sua própria doutrina ou prática, desafiando todas as outras”. Perguntamos então:
“É fanatismo abandonar as associações com as igrejas denominacionais para ir com
aqueles que desejam estar reunidos para adoração e ministério de acordo com a Palavra
de Deus?” Se, de fato, essas denominações são marcadas pela confusão e pelo abandono
da Palavra de Deus, como descrevemos na parte inicial deste livro, então como alguém
poderia esperar que sejamos tão inconsistentes com nossas convicções, a ponto de
irmos com eles a essas assim-chamadas igrejas das quais nos separamos? “Porque, se torno a edificar aquilo que
destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor” (Gl 2:18).
O Sr. Kelly também disse: “Certamente é um fanático ou coisa pior, alguém
que insistisse ou esperasse que eu me juntasse a ele contra minha clara convicção
de que, ao fazê-lo, estaria pecando contra Deus. Pecado é um homem fazendo a sua
própria vontade, ou a de outro, mas não a de Deus. Se você me pedir para me afastar
do que sei ser a vontade de Deus, é claro que seria pecado que eu a fizesse.”
Isso nos lembra do velho profeta de Betel (1 Rs 13). Ele tentou fazer com
que o profeta de Judá, enviado pelo Senhor para clamar contra da adoração sem
base bíblica estabelecida em Betel, para ter comunhão com ele no mesmo lugar contra
o qual ele clamou! O velho profeta fez isso, para que sua consciência fosse aliviada,
porque então ele poderia dizer que outros profetas estiveram lá com ele. Quando
o profeta de Judá atendeu a seus desejos, um leão o encontrou no caminho e o matou.
Tomamos isso como um aviso para nós mesmos.
Como dissemos, muitas vezes há animosidade por parte daqueles que rejeitam
a ordem de Deus para com aqueles que querem obedecer à Palavra de Deus. Escolher
permanecer em um sistema de adoração feito pelo homem na Cristandade é uma coisa,
mas certamente não se pode culpar uma pessoa por querer estar entre os Cristãos
que querem praticar a ordem de Deus. Afinal, eles estão apenas fazendo o que está
na Palavra de Deus!
Se um Cristão deseja permanecer em um sistema eclesiástico feito pelo
homem, e tenta usar a Palavra de Deus para apoiar essa ordem, ele terá que introduzir seus pensamentos nas claras declarações
da Escritura. Por exemplo, ele terá que introduzir nela que o tabernáculo do Velho
Testamento é realmente o padrão para a adoração Cristã; que a cobertura de cabeça
eram apenas para mulheres na igreja local em Corinto; que as mulheres pregavam nas
reuniões da igreja; que as mãos foram impostas sobre os que foram ordenados, etc.
Por outro lado, aqueles que simplesmente aceitam o que está na Escritura
como Deus a escreveu, terão a tranquila confiança de que estão fazendo a vontade
de Deus. Isso ocorre porque há uma paz que resulta de fazer a vontade de Deus, conhecida
apenas por aqueles que nela andam. Voltar ao simples Cristianismo bíblico sem todas
as atrações do Cristianismo moderno é realmente um privilégio!
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