O Velho Testamento nos fornece uma ilustração desse exercício de separação
da confusão religiosa. Seguindo a história dos filhos de Israel nos livros dos Reis
e Crônicas, vemos que depois de terem sido estabelecidos em sua terra prometida
com o ritual de adoração dado por Deus, eles lentamente se afastaram desse rito.
Eles trouxeram coisas que Deus nunca lhes disse para fazer (por exemplo: 1 Rs 11:7-8;
2 Rs 16:10-18). Pela desobediência e falta de confiança deles no Senhor, eles foram,
pouco a pouco, perdendo a terra para seus inimigos até que finalmente os babilônios
vieram e os levaram completamente. Eles foram levados para o vasto sistema da Babilônia
(que significa “confusão”), que é uma figura confusão religiosa. Muitos dos vasos
do templo foram levados e incorporados ao paganismo da Babilônia. Enquanto os filhos
de Israel estavam naquela terra de confusão religiosa, havia apenas um vestígio
de sua adoração dada pelo próprio Deus. Seus vasos de adoração estavam lá (Dn 1:2,
5:2, 5), mas todos estavam misturados com aquele imenso sistema que não era de Deus.
Que imagem triste do fracasso.
O que devemos ver nesta triste imagem é uma correlação com a história da
Igreja. Pouco tempo depois de Deus haver estabelecido a Igreja na simplicidade da
adoração e serviço Cristão, também houve um abandono da Sua Palavra. Não demorou
muito para que a grande ruína e fracasso de que temos falado chegasse ao testemunho
Cristão. Consequentemente, a Igreja, como um todo, também foi levada à confusão
religiosa. O abandono hoje é tão grande que o verdadeiro Cristianismo bíblico é
quase irreconhecível em meio a todos os acessórios estranhos que foram introduzidos
ao nome de Cristo. Que triste testemunho da ruína daquilo que foi o depósito da
mais alta verdade já revelada ao homem!
Depois que os filhos de Israel passaram 70 anos na Babilônia, houve um exercício
entre alguns deles de voltar a Jerusalém, depois de ouvir o decreto de Ciro, rei
da Pérsia. A preocupação deles naquela época era adorar a Jeová da maneira e no
local que Deus havia originalmente designado. Assim, Jesua e Zorobabel (e mais tarde,
Esdras e Neemias), com 42.000 judeus, partiram da Babilônia (Ed 1-2). Voltar a Jerusalém
significava deixar (ou separar-se) a Babilônia. Deixar a Babilônia significava deixar
muitos de seus irmãos que não estavam preocupados em sair da confusão que havia
naquela terra. A correlação é óbvia. Deixar as denominações significará o mesmo
para nós, e envolverá separação dos verdadeiros crentes que são bastante felizes
nesses lugares.
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