Essa mudança na maneira de se aproximar a Deus em adoração foi anunciada
em primeiro lugar pelo Senhor Jesus à
mulher samaritana no poço de Sicar. Ele indicou a ela que terminaria aquela ordem
terrenal de adoração num centro terrenal. Ele disse: “Mulher, crê-Me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém
adorareis o Pai” (Jo 4:21). Aquele “monte” (Gerizim) era o lugar onde
os samaritanos adoravam, e “Jerusalém” era o lugar onde Israel adorava a
Jeová. Mas agora tudo isso daria lugar a uma maneira inteiramente nova de adoração
em um novo lugar. Não seria num santuário físico na Terra, mas no verdadeiro
santuário nos céus (Hb 8:1-5). (em outro lugar nos é dito que, depois que a Igreja
for chamada para casa no céu, na vinda do Senhor – o Arrebatamento, o judaísmo voltará
a ser praticado na Terra por Israel e pelos gentios convertidos, porque é a
maneira adequada para as pessoas terrenais adorarem a Deus – ver Ezequiel 40-48.
Isso mostra que o judaísmo não é mau, apenas foi colocado de lado por um tempo enquanto
Deus está chamando um grupo celestial de crentes – a Igreja.)
Em segundo lugar o Senhor disse
à mulher samaritana que haveria uma nova revelação quanto à Pessoa que seria
adorada. Israel adorava a Jeová, mas os Cristãos agora adorariam “o
Pai”. Isso era algo
novo e é claramente uma revelação Cristã, pois aproximar-se a Deus como o Pai não
era conhecido no Velho Testamento.
Em terceiro lugar o Senhor mostrou
a ela que também haveria uma mudança no caráter da adoração. Ele disse: “Mas
a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai
procura a tais que assim O adorem” (Jo
4:23-24). Adorar em “espírito e verdade” é uma adoração espiritual de acordo
com a revelação Cristã da verdade. Isso era algo que não caracterizou a adoração
de Israel, porque o Senhor indicou claramente que era algo que estava prestes a
começar; não estava em prática portanto. A adoração de Jeová por Israel se deu por
meio de rituais e cerimônias. Eles tinham uma religião que foi projetada, se possível,
para induzir o homem natural a adorar a Deus. Isso ocorreu porque o homem naquela
época ainda estava sendo testado (desde Adão até a cruz de Cristo são 40 séculos
– o número 40 significa “provação”). Portanto, praticamente todos os meios exteriores
em nome da religião foram empregados para alcançar esse objetivo. Mas os Cristãos
não precisam de uma religião de rituais e cerimônias para adorar a Deus – como Israel
– porque agora temos acesso pelo Espírito à própria presença de Deus (Ef 2:18, 3:12;
Hb 10:19-22). No Cristianismo, a adoração é auxiliada pelo Espírito Santo que
habita no crente e não pelos esforços das mãos dos homens (Fp 3:3; At 17:24-25).
Este é um privilégio que Israel não teve. A adoração Cristã é um “novo e vivo
caminho” (Hb 10:20). É “novo” porque não é uma reforma do judaísmo, e
é “vivo” porque é preciso ter uma nova vida (nascido de novo) para se aproximar
a Deus dessa maneira celestial.
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