quarta-feira, 29 de abril de 2020

Resumo dos Principais Erros do Sistema Eclesiástico

Nas páginas anteriores, mostramos conclusivamente que o conceito de sistema clerical – com o seu assim-chamado “pastor” ou “ministro” estabelecido sobre uma congregação de Cristãos para liderá-los na adoração e no ministério – não tem base na Escritura. E não apenas isso, mas é contrário ao ensino do Novo Testamento.
Os pontos a seguir são um breve resumo dos princípios que abordamos nas páginas anteriores que mostram por que o sistema clerical não está de acordo com a Palavra de Deus:
  1. Não é dado ao Espírito de Deus o Seu lugar apropriado em presidir a assembleia. Visto que Ele está presente para dirigir e regular os procedimentos, a criação de um clérigo naquele lugar praticamente desloca o Espírito e interfere em Sua liderança (Fp 3:3; 1 Co 12:11).
  2. Como resultado de não ser dado ao Espírito o Seu lugar para liderar a assembleia como Ele quiser, o sacerdócio de todos os crentes é impedido na prática (1 Pe 2:5; Ap 1:6, 5:10; Hb 13:15-16). O Espírito de Deus deveria poder usar qualquer irmão que Ele escolhesse para oferecer ação de graças e louvor em nome de toda a assembleia, mas esse sistema impede isso.
  3. Outro resultado de não ser dado ao Espírito o Seu lugar para liderar a assembleia é que o livre exercício de dons na assembleia é proibido por arbitrariamente limitar o ministério a uma pessoa (o assim-chamado pastor) que tem um direito oficial de fazê-lo (1 Co 14:27-33).
  4. Existe pouco ou nenhum recurso para verificar e equilibrar o ensino. Onde há um ou dois homens responsáveis pelo ensino em uma assembleia local, como é o caso do assim-chamado “pastor” ou “ministro”, existe o perigo de interpretações unilaterais, se não do próprio erro doutrinal. Por outro lado, onde o Espírito Santo tem liberdade para falar por meio dos vários dons da assembleia, mais facetas da verdade são trazidas à luz, e também há uma maior imunidade ao erro quando todos os santos comparam cuidadosamente o que é dito com a Escritura (1 Co 14:27-32).
  5. O sistema religioso tende a promover uma apatia entre os membros da congregação. Uma vez que não permite liberdade para as pessoas contribuírem no ministério, frequentemente ocorre falta de exercício nas coisas divinas. Muitos têm a ideia de que não precisam se preocupar com o ministério, já que a organização eclesiástica a que pertencem está pagando alguém (o clérigo) para realizar esse serviço por eles. Consequentemente, o desenvolvimento do exercício e crescimento espirituais nos santos é impedido por esse arranjo (1 Co 3:1-4; Hb 5:11-14).
  6. O sistema provê para que pessoas se reúnam em torno de um orador habilidoso e, assim, viola os princípios de Deus de Cristãos estarem reunidos pelo Espírito para o nome do Senhor Jesus Cristo somente (1 Co 1:12-13, 3:3-4; Mt 18:20).
  7. O sistema interfere na responsabilidade imediata do servo perante o Senhor no exercício de seu dom. A pessoa (o clérigo) torna-se responsável perante a organização criada pelo homem, que cuida dele em questões práticas, como seu salário. Ele é responsável por manter seus padrões e métodos de ministério e alcançar os objetivos que a organização estabeleceu para ele; e, portanto, ele tende a ser controlado pela organização, ao invés de servir diretamente sob o senhorio de Cristo (1 Co 7:22-23; Gl 1:10).


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