quarta-feira, 29 de abril de 2020

Como os Servos do Senhor Devem Ser Mantidos Financeiramente?

Alguém pode perguntar: “Como, então, os servos do Senhor devem ser mantidos financeiramente? Se eles não recebem salário, como devem ser apoiados?” Devemos voltar novamente à Palavra de Deus para obter a resposta. Encontramos ali que o apóstolo Paulo e outros que serviram com ele são um exemplo de como os servos do Senhor devem prestar serviço a Ele (1 Tm 1:16; Fp 3:17). Eles eram “servos de Jesus Cristo”, não servos de uma seita ou divisão da igreja (Rm 1:1; Fp 1:1; 2 Pe 1:1; Jd 1, etc.). Eles criam que o Senhor os havia enviado para o trabalho que faziam. E que se Ele realmente os enviara, Ele também cuidaria deles de uma forma prática. Paulo disse: “Quem jamais vai à guerra à sua própria custa?” (1 Co 9:7 – ARA) Eles saíram “nada tomando dos gentios” porque eles confiavam que Deus supriria todas as suas necessidades (3 Jo 7; Fp 4:19). Fazer isso exige fé da parte do servo. Hudson Taylor disse: “A obra de Deus, feita à maneira de Deus, nunca terá falta do suprimento de Deus”.
Naqueles primeiros dias da igreja, havia duas maneiras pelas quais os servos do Senhor eram mantidos financeiramente:
Primeiro, eles se sustentaram trabalhando com as suas próprias mãos. O apóstolo Paulo é um exemplo disso. Ele trabalhava fazendo tendas enquanto servia ao Senhor (At 18:3). Ele disse aos anciãos de Éfeso: “Vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20:34-35). Para os tessalonicenses, Paulo também disse: “Nem de graça comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes” (2 Ts 3:8-9).
Em segundo lugar, os servos do Senhor foram apoiados por doações dos santos que desejavam expressar sua comunhão com o trabalho no qual eles estavam envolvidos. Essas ofertas vieram de duas fontes: das assembleias locais, como disse Paulo aos Filipenses: “fizestes bem em tomar parte na minha aflição” (Fp 4:14-17); e de indivíduos, como ele disse aos gálatas: “aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui” (Gl 6:6 – ARA; Hb 13:16; 1 Tm 6:17-19).
No entanto, os servos do Senhor tiveram o cuidado de não tomar “nada dos gentios” entre os quais eles pregavam a Palavra de Deus (3 Jo 7). Os “gentios”, dos quais João fala aqui, não eram crentes, mas o mundo incrédulo entre os quais eles foram pregar. A prática dos servos do Senhor os guardava de darem uma impressão errada ao mundo de que bênção do evangelho fosse algo que uma pessoa possa merecer ou comprar. Cremos que esse ainda é o padrão para os servos de Deus hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário