É por isso que não lemos nenhum caso no livro de Atos ou nas epístolas, onde
os Cristãos adoravam o Senhor usando instrumentos musicais. Não há qualquer menção
nas epístolas do Novo Testamento em que a adoração Cristã foi auxiliada por instrumentos
musicais. Os únicos dois instrumentos usados para adorar a Deus no
Cristianismo são nosso “coração” (Ef 5:19; Cl 3:16) e noosos “lábios”
(isso é, nossas vozes – Hb 13:15). No Cristianismo, lemos apenas “cantando
e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5:19). Somos exortados a que “ofereçamos sempre por Ele a
Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome” (Hb 13:15). Independentemente disso, a
distinção entre adoração Cristã e judaísmo tem sido ignorada nas denominações. Bandas
musicais (às vezes grandes orquestras) tornaram-se parte integrante dos “cultos”
Cristãos atuais. Isso é chamado de “ministério de música”, mas o objetivo parece
ser mais para o entretenimento do público do que para ministério. A maioria das
igrejas evangélicas terá um músico talentoso no palco para esse assim-chamado “ministério”
que regerá a orquestra e o coro; ele é chamado “o líder da adoração”!
É interessante notar que a Palavra de Deus não apenas não dá qualquer orientação
para os Cristãos adorarem dessa maneira judaica, como também a história da Igreja
nos diz que a música praticamente não teve parte do Cristianismo nos seus primeiros
1.400 anos! (Houve uma completa ausência de música instrumental na Igreja nos primeiros
700 anos, seguida de muita oposição durante os 700 anos que se seguiram.) Somente
nos últimos séculos a música instrumental foi aceita e usada na adoração e nas atividades
do evangelho. Perguntamos: “Se um chamado ‘ministério de música’ é tão importante
para a vida da assembleia, como a igreja hoje enfatiza, por que o apóstolo Paulo
ou o apóstolo Pedro não exortou as assembleias às quais eles escreveram, para que
houvesse um ‘ministério de música’ nas reuniões deles?” E: “Por que não há menção
a isso no Novo Testamento?” Cremos que o uso dos instrumentos musicais na
adoração – e muitas outras coisas que o homem introduziu – são evidências do
abandono que a Escritura previu que entraria na Igreja. Como as coisas no testemunho
Cristão se afastaram cada vez mais da ordem de Deus, a música lentamente ganhou
um espaço, até ser aceita como normal na adoração Cristã. Pode muito bem ter surgido
por meio de boas intenções, mas ainda assim, não tem apoio na Escritura.
Não dizemos que um Cristão não deva tocar música, mas apenas que ela não
tem lugar na adoração Cristã. J. N. Darby disse: “Se eu pudesse colocar um pobre
pai doente para dormir com música, eu tocaria a mais bonita que pudesse encontrar;
mas ela apenas estraga qualquer adoração trazendo o prazer dos sentidos para o que
deveria ser o poder do Espírito de Deus.”
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