O segundo grande princípio em 1 Coríntios 12, sobre o ministério Cristão
é que Cristo tem distribuido dons pelo Espírito aos vários membros de Seu corpo
mas esses dons não são todos possuídos por um só homem. O apóstolo diz: “Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da
ciência, e a outro, pelo mesmo
Espírito…” (1 Co 12:4-10, 29-30).
É perfeitamente claro nesta passagem que, como os dons não são possuídos por um
só homem, a assembleia precisará ter mais de um homem para ministrar, se quiser
obter o benefício dos dons que possam estar no meio dela. Mas, novamente, o sistema
clerical em vigor no Cristianismo denominacional impede isso.
Alguns podem dizer: “Nossa igreja não
tem um homem como ministro. Temos dois ou três pastores”. No entanto, isso
ainda é não entender o ponto nesta passagem. A mente de Deus é que a assembleia
local se edificaria a si mesma como o auxílio de todas as juntas de suprimentos, não apenas por duas ou três (Ef 4:16
– JND). É verdade que talvez ali nem todos tenham um dom para ministrar a Palavra
publicamente, mas, como já mencionamos, as Escrituras indicam que todos os que
são capazes devem ter liberdade na assembleia para ministrar se o Espírito os
guiar a fazer assim. Ela diz: “Porque
todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e
todos sejam consolados” (1
Co 14:24, 31).
Também é verdade que um homem pode ter mais de um dom, mas a Escritura é
categórica que uma pessoa não tem todos os dons. De fato, o apóstolo adverte sobre
o perigo de não considerar os vários dons que Deus colocou no corpo. Ele
diz: “E o olho não pode dizer à mão: não
tenho necessidade de ti: nem ainda a cabeça aos pés: não tenho necessidade de
vós” (1 Co 12:21). Isso mostra
que todos os membros do corpo têm algo a contribuir, mesmo que para nós alguns
membros possam parecer insignificantes. Contudo, a ordem clerical de coisas nas
igrejas é um arranjo em que uma ou duas pessoas se ocupem com o ministério. É um
sistema que impede (talvez não intencionalmente) os outros dons de agir na igreja;
e está dizendo essencialmente: “Não tenho necessidade de vós”.
Os que ocupam essa posição ministerial nas igrejas se opõem veementemente
a isso, porque dizem que incentivam as pessoas do seu grupo eclesiástico a exercitar
seus dons – mas isso é apenas em um estudo bíblico em ambiente doméstico. Mas o
contexto desses capítulos é o exercício dos dons nas reuniões da assembleia
(1 Co 11:17, 18, 20, 33-34, 14:23, 26). A pergunta é: “Eles permitem a liberdade
dos dons na igreja?” E a resposta é que eles não permitem.
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